quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

MUSEU DE ZARA HADID EM ROMA

Com 29 mil metros quadrados de área total, sendo 10 mil metros destinados à área expositiva e 6 mil para serviços como auditório, biblioteca, livraria e centro multimídia, abriu para tour arquitetônico o museu nacional de arte do século XXI, em Roma, desenhado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid, Pritzker de 2004.
A obra consumiu 150 milhões de euros e 10 anos. A inauguração oficial é na primavera (européia) de 2010.
Crítica positiva no "The New York Times" considera a obra uma espécie de renascimento da Itália para a contemporaneidade. O crítico Nicolai Ouroussoff finaliza seu texto como a frase: "Se o Papa (Urbano VIII) fosse vivo, estaria tomando café da manhã com Zaha Hadid planejando a próxima empreitada".

O crítico quer sublinhar a ousadia da construção, numa cidade em que a carga histórica parece ter sufocado a possibilidade de uma imagem do presente. Urbano VIII é tido como um dos grandes construtores de obras para marcar época, sem muitas preocupações com a preservação do patrimônio (se é que se pode falar na idéia de patrimônio no contexto italiano dos séculos 16 e 17, época em que Urbano VIII, da família Barberini, viveu) .
Na fortificação do Castelo de Sant´Angelo, no Vaticano, mandou retirar vigas da época de Roma antiga para a fundição em canhões.
Tido como bárbaro por conta desta e de outras iniciativas, Urbano VIII foi quem contratou o arquiteto e escultor Gian Lorenzo Bernini, maior nome do Barroco, para grandes obras em Roma.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

RECORDES EM LEILÕES IMPULSIONAM PREÇO DE ARTISTAS BRASILEIROS NOS EUA



Jornal Folha de São Paulo 30/11/2009



Quando bateram o martelo na Sotheby's há duas semanas, galeristas ouviram. Foi o som que fechou a venda de uma obra de Sergio Camargo por US$ 1,6 milhão, valor recorde para o brasileiro. Dois dias depois, uma feira em Nova York já mostrava os sinais do que parece ser uma bolha especulativa na arte latino-americana.



Estavam à venda na Pinta um "Bicho", de Lygia Clark, por US$ 850 mil, e um "Metaesquema", de Hélio Oiticica, por US$ 270 mil, valores muito acima do que se praticava até hoje.

Às vésperas da maior feira de arte das Américas, a Art Basel Miami Beach, que começa nesta quinta, um cenário de especulação mais forte do que nunca se desenha para a arte brasileira e latina no mercado global.



"Uma bolha está se formando", analisa a galerista Luisa Strina. "Existe uma certa euforia que eu acho perigosa: sobe muito e depois despenca tudo."

Na feira nova-iorquina, ficaram sem comprador as obras de Clark e Oiticica, sinal de que, antes de despencar, a bolha pode atrofiar um mercado com preços estáveis até agora.

Isso porque só com a recessão econômica é que colecionadores voltaram os olhos para os latino-americanos, com preços bem mais acessíveis do que as obras hiperinflacionadas do mercado internacional. A crescente demanda culmina agora num aumento de preços e interesse cada vez maior por obras de artistas dessa região.



"O Brasil passa por um momento de entusiasmo e confiança", observa María Bonta, do departamento de arte latino-americana da Sotheby's. "Galeristas vão ser mais agressivos, existe uma especulação significativa nesse mercado."



Desde que Beatriz Milhazes teve um quadro arrematado na mesma casa de leilões por US$ 1,05 milhão, no ano passado, o circuito global vive uma espécie de febre de arte brasileira.





Além do mercado, reagiram os museus, com mostras de Cildo Meireles, na Tate, de Londres, e Mira Schendel, no MoMA, em Nova York. No ano que vem, o Malba, de Buenos Aires, fará retrospectiva de Sergio Camargo, e Rivane Neuenschwander será a primeira artista brasileira a ocupar todo o New Museum nova-iorquino.



Na esfera institucional, museus também ajudam a acelerar a inflação dos preços, na tentativa de incrementar suas coleções. Enquanto Tate e MoMA são fregueses dos latino-americanos, museus como o Boston Art Museum e o Harvard Art Museum acabam de começar coleções de artistas latinos.



"Muitos colecionadores europeus e americanos estão notando as possibilidades", analisa Virgilio Garza, do setor de arte latino-americana da Christie's. "É possível fazer uma grande coleção desses artistas com muito menos dinheiro."

"Há muitos compradores gringos, desses de olhos azuis mesmo", diz Alejandro Zaia, um dos diretores da Pinta, em Nova York. "Tem muito ianque comprando, os galeristas estão com os olhos arregalados."





Na mira dos gringos, a galerista Raquel Arnaud leva à feira de Miami obras de Sergio Camargo a preços reajustados. Um trabalho que valia US$ 500 mil no início deste ano deve chegar ao estande valendo US$ 900 mil, um aumento de 80% --o mesmo reajuste valendo para obras de Waltercio Caldas.

Obras de Adriana Varejão, outra artista com forte demanda internacional, também aumentaram cerca de 20%.

"A gente tem corrigido valores o ano inteiro, todo dia corrigimos", afirma Arnaud. "Houve um aumento, mas esses são artistas muito cotados, já não são mais crianças."





domingo, 14 de fevereiro de 2010

CONTEPORÂNEO DE QUE?




Drummond, que foi poeta mordenista, na sua fase mais madura cravou esses versos: “E como ficou chato ser moderno”.



O que teria isto a ver com o fato de que alguns artistas se rotulam de “contemporâneos” e nisso encontram um jubiloso abrigo, como se tivessem descoberto sua inserção na história? O que isto tem a ver com os que louvam ardente e cegamente tudo que é “contemporâneo” como se fosse o ápice da história da arte? O que há de limitador, autoritário e de mal-entendido nessa estratégia de luta pelo poder artístico, que exila, subtrai, oculta toda e qualquer obra que não de comporta dentro de um determinado receituário?



Só artistas menores buscam abrigos em formas adjetivas de fazer artes. Ao jovem, temporariamente, ainda se permite esse exercício de agrupamento geracional. Mas se for realmente um artista, logo, logo se afastará das palavras de ordem e criará sua própria linguagem, sem barreiras espacio-temporais e limitações ideológicas e estéticas.



Meu Deus! Em que estão transformando as escolas de arte? Estão substituindo a academia de ontem pela a academia “contemporânea” de hoje. A todo instante recebo depoimento de alunos, e de professores, que são segregados, espezinhados, porque querem desenhar, pintar, fazer gravura, usar modelo vivo.



Meu Deus! Como se pode estabelecer limitações para arte? O que é que se quer quando alguém se entrincheira atrás de uma palavra como essa: “contemporâneo”? ...



Affonso Romano de Sant'Anna



CHARLES CHAPLIN


"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome...Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é...Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que aconteceu contribuiu para o meu crescimento. Hoje chamo isso tudo...Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é...Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoismo. Hoje sei que se chama...Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é...Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes. Hoje descobri a...Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é...Saber viver!!!"





sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ORNATE

Acrílica sobre tela
 0.80x0.90

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

BEATRIZ MILHAZES

A cor é um elemento estrutural na obra de Beatriz Milhazes. Seu repertório inclui questões relativas à abstração geométrica, ao carnaval e ao modernismo, assim como ao concreto e ao neoconcreto brasileiros, à op e pop art. Beatriz pinta flores, arabescos, alvos e quadrados sobre uma superfície de plástico, para depois transferi-los para a tela. Nas colagens, sobrepõe camadas de cor utilizando-se de papéis de bala e sacolas de compras, criando uma harmonia de excessos, cujo impacto pictórico espelha a sua pintura.